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Nossos especialistas – Marcio Adoryan

Marcio Adoryan

Marcio Adoryan

Engenheiro Agrônomo
Educação: Universidade de São Paulo | ESALQ-USP
Área de Atuação: Pesquisa e Desenvolvimento de novos compostos e soluções agronômicas.

Vejo um futuro cheio de oportunidades em nossa área, trazendo inovação e soluções que vão garantir a sustentabilidade do agronegócio e a segurança alimentar das gerações futuras.”

Marcio Adoryan, Engenheiro Agrônomo

Como você se interessou pela ciência?

Desde muito jovem eu sempre me interessei por ciência, inovação e tecnologia. Acredito que as feiras de ciências durante os meus primeiros anos na escola contribuíram muito para despertar esse meu interesse e fazer com que eu me dedicasse a pesquisa ao longo dos últimos 25 anos.

Como foi sua carreira na Bayer?

Iniciei minha carreira como estagiário em julho de 1996. Naquela época, auxiliava toda a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, incluindo ensaios de resíduos. No ano seguinte fui contratado e comecei atuar especificamente na pesquisa de novos herbicidas, onde permaneci por 15 anos. Após essa fase mudei para Monheim trabalhando no desenvolvimento de Inseticidas. Em 2015 voltei para o Brasil e passei a liderar o time de Early development and Resistance Management. Desde 2019, lidero a área de Agronomic Solutions, responsável por todo o processo de pesquisa e desenvolvimento de novos compostos e soluções agronômicas.

Você pode nos falar sobre algumas publicações científicas de seu trabalho ou de seus colegas?

Temos vários trabalhos científicos relevantes na área de manejo de resistência para garantir a eficiência dos nossos produtos ao longo do tempo e garantir que os nossos agricultores continuem a ter as ferramentas necessárias e possam produzir de forma sustentável.
Seguem alguns exemplos: Fevereiro de 2022
Artigo: Bemisia tabaci MEAM1 ainda é a espécie dominante em cultivos a céu aberto no Brasil
Fernandes DS, Okuma D, Pantoja-Gomez LM, Cuenca A, Corrêa AS. Bemisia tabaci MEAM1 still remains the dominant species in open field crops in Brazil. Braz J Biol. 2022 Feb 23;84:e256949. doi: 10.1590/1519-6984.256949. PMID: 35239823.

Entre as espécies de Bemisia tabaci, as espécies invasoras MEAM1 e MED são pragas agrícolas chave para muitas culturas. No Brasil, a maior parte dos surtos populacionais de B. tabaci foi associada ao MEAM1, que, desde a década de 1990, rapidamente se espalhou por todo o país. Mais tarde, em 2014, foi identificado o MED no Brasil, inicialmente mais restrito a estufas, mas de repente chegando a novas áreas nas regiões abertas Sul e Sudeste. O objetivo deste trabalho foi investigar a distribuição geográfica de MEAM1 e MED em lavouras a céu aberto no Brasil. MEAM1 ainda é a espécie predominante em cultivos a céu aberto, como soja, algodão e tomate. O monitoramento contínuo de espécies de B. tabaci é crucial porque alterações na paisagem, mudanças climáticas e métodos de manejo de pragas podem alterar a distribuição e dominância de espécies de B. tabaci nas áreas de cultivo brasileiras.

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Março de 2022

Artigo: Mutação Trp2027Cys evolui em Digitaria insularis com resistência cruzada a inibidores de ACCase
Hudson K. Takano, Marcel S.C. Melo, Ramiro F.L. Ovejero, Philip H. Westra, Todd A. Gaines, Franck E. Dayan, Trp2027Cys mutation evolves in Digitaria insularis with cross-resistance to ACCase inhibitors, Pesticide Biochemistry and Physiology, Volume 164, 2020, Pages 1-6, ISSN 0048-3575, https://doi.org/10.1016/j.pestbp.2019.12.011

O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma das plantas daninhas mais problemáticas da América do Sul porque a resistência ao glifosato é generalizada na maioria das regiões de produção agrícola. Herbicidas inibidores da acetil coenzima A carboxilase (ACCase) têm sido usados intensivamente para manejar D. insularis, o que aumentou substancialmente a pressão de seleção para esta classe de herbicidas. Confirmamos a resistência aos herbicidas ACCase em uma população de D. insularis do Brasil e caracterizamos sua base molecular. Um método de genotipagem de polimorfismo de nucleotídeo único baseado em qPCR foi validado para discriminar alelos suscetíveis (Trp2027 de tipo selvagem) e resistentes (Cys2027 mutante). Todas as plantas resistentes eram homozigotas para a mutação e o ensaio pode ser usado para detecção precoce de resistência em amostras de campo de D. insularis com suspeita de resistência a inibidores de ACCase.

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