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Com a expectativa de que a demanda por alimentos cresça significativamente até 2050, onde teremos o desafio de alimentar 10 bilhões de pessoas, os agricultores precisam de soluções para produzir o suficiente de forma sustentável.
As culturas geneticamente modificadas (GM) desempenham um papel crucial para auxiliar os agricultores de todo o mundo a cultivar alimentos de forma mais sustentável para conseguir alimentar uma população mundial em crescimento, na limitada terra disponível. Isso se dá, por exemplo, pela utilização dos recursos naturais de maneira mais eficiente, além de proporcionar proteção contra as pragas e doenças que afetam as plantações e têm efeitos devastadores nas colheitas.
As culturas GM são geradas através de técnicas de biologia molecular que permitem a transferência de genes individuais ou outros segmentos de DNA de um organismo para outro, resultando em um organismo geneticamente modificado (OGM). O pesquisador busca pelo gene responsável pela característica desejável e uma cópia desse gene é transferida para o DNA das células da planta hospedeira, que se transformam em plantas maduras. O método mais comumente utilizado para transformar células é através do uso de agrobactéria, uma bactéria naturalmente presente nos solos que é capaz de transferir genes às plantas. Essas tecnologias que levam a modificações genéticas fazem parte da área conhecida como engenharia genética e são utilizadas pelos melhoristas (breeders) para introduzir características benéficas nas plantas, como tolerância à restrição hídrica, proteção contra insetos e a doenças específicas.
Para cada nova semente GM trazida ao mercado, cerca de 13 anos de testes rigorosos são conduzidos e mais de 135 milhões de dólares são investidos. Mais de 75 estudos são conduzidos para garantir a segurança do produto para as pessoas, os animais e o meio ambiente.
As culturas GM foram avaliadas e aprovadas em mais de 90 agências governamentais. As sementes GM são cultivadas atualmente em 26 países e estão aprovadas para importação em 70 nações ao redor do mundo, o cultivo e a importação variam de acordo com país, conforme a sua legislação vigente. No Brasil, a Bayer comercializa sementes derivadas de biotecnologia das culturas milho, soja e algodão. Essas culturas são usadas principalmente para a alimentação animal e na indústria têxtil (algodão).
O Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas (ISAAA) reúne informações sobre todos os produtos oriundos de modificação genética por técnicas de biotecnologia moderna registrados mundialmente. Vamos a alguns dos números que ilustram os benefícios dessa tecnologia.
As sementes GM ajudam os agricultores a aproveitar ao máximo a terra cultivável existente, o que permite preservar habitats próximos como florestas tropicais e pradarias. Sem as culturas derivadas da biotecnologia moderna, manter os níveis de produção global em 2018 teria requerido 24,2 milhões de hectares adicionais. Desde 1995, quando as culturas GM foram plantadas pela primeira vez, os agricultores de todo o mundo têm sido capazes de produzir um adicional de 498 milhões de toneladas de milho, o que representa mais que o consumo anual de milho pelo México.
As culturas GM podem facilitar a prática do plantio direto, o que melhora a saúde do solo ao reter mais nutrientes e umidade. O plantio direto também reduz a quantidade de passagens de maquinário sobre o campo, o que significa menos combustível utilizado e menor emissão de gases de efeito estufa.
Os cientistas estão desenvolvendo culturas GM que têm a mesma aparência e sabor que seus homólogos não GM, mas que são protegidos contra insetos e doenças específicas que podem afetar a colheita de um agricultor. As plantas com características que protegem as raízes do dano causado por insetos, por exemplo, possuem o benefício adicional de utilizar a água de forma mais eficiente. Além disso, o uso de culturas GM resistentes a insetos elimina ou reduz significativamente o uso de inseticidas.
Celebramos em 2020, 25 anos do sistema de biossegurança no Brasil. Nesses 25 anos, desde que as culturas GM foram plantadas pela primeira vez, as culturas GM e a biotecnologia não apenas transformaram a agricultura, fornecendo uma ferramenta valiosa para os agricultores, mas também ajudaram o meio ambiente e as comunidades rurais.
Brookes, Graham, and Peter Barfoot. “GM Crop Technology Use 1996-2018: Farm Income and Production Impacts.” GM Crops & Food 11, no. 4 (October 1, 2020): 242–61. https://doi.org/10.1080/21645698.2020.1779574.
Brookes, Graham. “The Farm Level Economic and Environmental Contribution of Intacta Soybeans in South America: The First Five Years.” GM Crops & Food, August 15, 2018, 1–12. https://doi.org/10.1080/21645698.2018.1479560.
Macall, Diego Maximiliano, Carlos Rogelio Trabanino, Alejandro Hernández Soto, and Stuart J. Smyth. “Genetically Modified Maize Impacts in Honduras: Production and Social Issues.” Transgenic Research, November 11, 2020. https://doi.org/10.1007/s11248-020-00221-y.
https://www.isaaa.org/resources/publications/briefs/55/executivesummary/default.asp
https://www.cropscience.bayer.com/innovations/seeds-traits/gmo-biotechnology
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