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Melhoramento é o processo de desenvolvimento de novas plantas (como soja, milho, algodão) com características desejáveis, incluindo alta produtividade, proteção contra pragas e doenças, melhor qualidade nutricional, entre outras. Ele é feito através do melhoramento genético clássico (cruzamentos seletivos) e técnicas de biotecnologia moderna (que possibilitaram a geração de OGMs – Organismos Geneticamente Modificados). Mais recentemente, com o advento das Técnicas Inovadores de Melhoramento de Precisão (TIMPs, ou NBTs, do inglês New Breeding Techniques), conseguimos refinar ainda mais a área de melhoramento de plantas através de cruzamentos seletivos e/ou pelo uso de biotecnologia. O melhoramento permite produzir mais alimentos por área contribuindo para a sustentabilidade da produção alimentar necessária para o mundo.
A equipe LATAM Breeding da Bayer está distribuída por todo o Brasil, bem como presente em vários países da América Latina. Conhecimentos de genética, genômica, fitopatologia, matemática, biotecnologia, engenharia computacional, administração, entre outros, são utilizados pela equipe para atingir a visão que queremos construir na Bayer: “Saúde para Todos, Fome para Ninguém.”
Cerca de 10.000 anos atrás, os humanos descobriram o teosinto, uma espiga pequena e fina, entre 5 e 8 centímetros de comprimento, com grãos tão duros que podiam quebrar os dentes de quem a consumisse. No entanto, ao longo de milhares de anos de seleção, o teosinto foi adaptado para produzir as espigas de 30 centímetros e que produzem centenas de grãos que são cultivadas hoje: o milho!
A seleção e adaptação das culturas, base do melhoramento genético clássico, é uma tarefa que está presente na humanidade há milhares de anos! Todas as frutas, vegetais e cereais que consumimos hoje são o resultado do melhoramento de plantas. Mas, como colocado acima, hoje ele avançou muito além da seleção de uma planta parental pela sua aparência, já que é possível prever quais plantas terão a maior chance de sucesso no campo, antes mesmo do cruzamento. Através do uso de inovação e tecnologias modernas, somos capazes de desenvolver variedades melhores, seguras e sustentáveis, com muito mais eficácia e em um tempo reduzido, comparado aos métodos tradicionais de reprodução que são limitados à velocidade do ciclo de crescimento de uma colheita.
Um exemplo claro de como o melhoramento se articula com o resto da inovação agrícola é uma variedade de milho de baixa estatura, que reduz o problema de tombamento ou acamamento devido à ação do vento. Essa nova característica, somada a uma menor necessidade hídrica e a um profundo conhecimento das características da variedade quanto ao seu desempenho, compõem um sistema de recomendações para um manejo agronômico mais avançado.
Neste artigo, os autores detalham o processo de obtenção de novas variedades de cultivos por meio de melhoramento convencional e técnicas de engenharia genética, também informando como o próprio programa de melhoramento elimina características indesejadas. São apresentados dados de programas de melhoramento de milho, tanto convencionais quanto por meio de engenharia genética.
Glenn, K. C., Alsop, B., Bell, E., Goley, M., Jenkinson, J., Liu, B., … Vicini, J. L. (2017). Bringing New Plant Varieties to Market: Plant Breeding and Selection Practices Advance Beneficial Characteristics while Minimizing Unintended Changes. Crop Science, 57(6), 2906.
Como vimos acima, o processo de seleção de plantas de alto rendimento para alimentos, rações e fibras data de mais de 10.000 anos e foi substancialmente refinado ao longo do século passado. Embora os riscos percebidos representados pelas culturas geneticamente modificadas (GM) tenham sido exaustivamente abordados em uma grande quantidade de estudos regulatórios, os níveis existentes de toxinas vegetais que ocorrem naturalmente nas culturas alimentares têm recebido muito menos atenção. Esta revisão analisa como os melhoristas (breeders) usam práticas convencionais de melhoramento para desenvolver novas variedades de culturas alimentares seguras.
Kaiser, N., Douches, D., Dhingra, A., Glenn, K. C., Herzig, P. R., Stowe, E. C., & Swarup, S. (2020). The role of conventional plant breeding in ensuring safe levels of naturally occurring toxins in food crops. Trends in Food Science & Technology, 100, 51–66.
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