////// Science for a better life

Ciência em 3 níveis! – Nova série de vídeos da Bayer para engajar com a sociedade

Ciência em 3 níveis! – Nova série de vídeos da Bayer para engajar com a sociedade “Ciência para uma vida melhor!” – Essa é a missão da Bayer, uma empresa de Ciências da Vida que desenvolve soluções em saúde e nutrição.  A Bayer acredita que a ciência muda a vida das pessoas e, portanto, deve ser acessível para todos e todas! É por isso que a série “Ciência em 3 níveis!” foi criada. Nela, teremos em cada vídeo um cientista da Bayer conversando sobre ciência em 3 níveis diferentes de complexidade: com uma criança, um estudante de graduação e um especialista.  O primeiro episódio da série foi lançado em 22 de novembro de 2022. Nele, Lígia Arashiro, Engenheira e Gerente na Bayer, conversa sobre o tema Ciência, Inovação e Tecnologia com Milena Piazza, estudante do ensino fundamental de 11 anos, Álvaro da Silva, graduando em Biotecnologia e o Professor Universitário Doutor Márcio de Castro Silva Filho. Acesse aqui e não deixe de conferir os próximos episódios da série “Ciência em 3 níveis”, quem vem para desmistificar conceitos científicos de forma leve e descontraída!

Nossos especialistas – Dr. Renato Horikoshi

Adoro o processo científico – formar hipóteses, desenhar estudos, coletar e analisar dados… especialmente quando acontece como esperado!” Renato Horikoshi, Engenheiro Agrônomo Publicações Junho de 2022 Artigo: Regional pest suppression associated with adoption of Cry1Ac soybean benefits pest management in tropical agriculture Horikoshi, R.J., Dourado, P.M., Bernardi, O., Willse, A., Godoy, W.A., Omoto, C., Bueno, A.d.F., Martinelli, S., Berger, G.U., Head, G.P. and Corrêa, A.S. (2022), Regional pest suppression associated with adoption of Cry1Ac soybean benefits pest management in tropical agriculture. Pest Manag Sci. https://doi.org/10.1002/ps.7034 As culturas Bt (Bacillus thuringiensis) têm sido adotadas em todo o mundo, proporcionando proteção de alto nível contra pragas de insetos. Além disso, as culturas Bt preservam os inimigos naturais e promovem maior produtividade, beneficiando economicamente os agricultores. Embora a supressão regional de pragas pela adoção generalizada de culturas Bt tenha sido observada em regiões temperadas, essa possibilidade permanece incerta em áreas tropicais, devido à alta diversidade de hospedeiros alternativos e invernos amenos. Os resultados deste trabalho confirmam que a ampla adoção da soja Cry1Ac em diferentes mesorregiões do Brasil reduziu significativamente as pulverizações de inseticidas em campos de soja. Benefícios diretos e indiretos no manejo de pragas são alcançados por meio da supressão de pragas causada pela ampla adoção de culturas Bt. No entanto, é importante notar que a manutenção desses benefícios depende da eficácia do controle de insetos da tecnologia. Portanto, seguir as recomendações de manejo de resistência a insetos é essencial para manter a eficácia da soja Cry1Ac, que ainda oferece benefícios oito anos após seu lançamento comercial no Brasil. ACESSE O ARTIGO Maio de 2022 Capítulo de livro: Inovações biotecnológicas para a soja Zotti, M.J.; Cagliari, D.; Dourado, P.M.; Horikoshi, R.J. Inovações biotecnológicas para a soja. In: Bioinsumos na cultura da soja / Maurício Conrado Meyer… [et al.] editores técnicos — Brasília, DF: Embrapa, 2022. O objetivo do capítulo foi trazer abordagens voltadas às inovações biotecnológicas com potencial para desenvolvimento de produtos biotecnológicos. Neste sentido, foram selecionadas três áreas consolidadas ou em fase avançada de estudo para geração de novos produtos para a cultura da soja no âmbito de plantas transgênicas, CRISPR/Cas9 e RNA de interferência (RNAi). Apesar das inovações, é importante ressaltar a necessidade de se seguir as recomendações de uso correto das tecnologias. A preservação de tecnologias Bt por meio do plantio de refúgio, por exemplo, é de extrema importância para o momento de transição entre as gerações da biotecnologia. Além disso, o Manejo Integrado de Pragas (MIP) não deve ser baseado apenas em um pilar de sustentação, mas na integração das diversas táticas de controle, fortalecidas pelas bases como a taxonomia, biologia, ecologia, monitoramento, níveis de ação e condições ambientais. Entender as bases é uma direção para que, no futuro, possamos manejar as pragas dentro do sistema de produção de uma maneira mais sustentável. ACESSE O LIVRO Fevereiro de 2022Artigo: MON 95379 Bt maize as a new tool to manage sugarcane borer (Diatraea saccharalis) in South America Horikoshi, R.J., Ferrari, G., Dourado, P.M., Climaco, J.I., Vertuan, H.V., Evans, A., Pleau, M., Morrell, K., José, M.O.M.A., Anderson, H., Martinelli, S., Ovejero, R.F.L., Berger, G.U. and Head, G. (2022), MON 95379 Bt maize as a new tool to manage sugarcane borer (Diatraea saccharalis) in South America. Pest Manag Sci. https://doi.org/10.1002/ps.6986A broca da cana-de-açúcar (do inglês, sugarcane borer, SCB), Diatraea saccharalis (Lepidoptera: Crambidae), é uma praga chave do milho na Argentina, e o milho geneticamente modificado (GM) para produção de proteínas Bt (Bacillus thuringiensis), revolucionou o manejo desse inseto na América do Sul. No entanto, foi observada resistência desenvolvida em campo a algumas tecnologias Bt em SCB na Argentina. Nesse estudo, foi avaliada a eficácia de uma nova tecnologia Bt, MON 95379, contra SCB em laboratório, estufa e campo. Concluiu-se que o milho MON 95379 gerencia efetivamente a SCB mesmo em locais onde a resistência a outras tecnologias de milho contendo Bt tenham sido relatadas, trazendo, portanto, valor aos produtores de milho na América do Sul. ACESSE O ARTIGO Outubro de 2021Artigo: Resistance status of lepidopteran soybean pests following large-scale use of MON 87701 × MON 89788 soybean in Brazil Horikoshi, R.J., Bernardi, O., Godoy, D.N. et al. Resistance status of lepidopteran soybean pests following large-scale use of MON 87701 × MON 89788 soybean in Brazil. Sci Rep 11, 21323 (2021). https://doi.org/10.1038/s41598-021-00770-0 A adoção generalizada da soja MON 87701 × MON 89788, expressando a proteína Bt Cry1Ac e tolerância ao glifosato, tem sido observada no Brasil. Um programa proativo foi implementado para monitorar fenotipicamente e genotipicamente a resistência a Cry1Ac em Chrysodeixis includens (Walker). Casos recentes de dano inesperado na soja MON 87701 × MON 89788 foram investigados e uma amostragem em larga escala de larvas em campos comerciais de soja foi realizada para avaliar a eficácia dessa tecnologia e a distribuição de lepidópteros-praga no Brasil. Nenhuma mudança significativa na suscetibilidade de C. includens a Cry1Ac foi observada oito anos após a introdução comercial desta tecnologia no Brasil. Os resultados da triagem F2 confirmaram que a frequência de alelos de resistência Cry1Ac permanece baixa e estável em C. includens. O dano inesperado causado por Rachiplusia nu (Guenée) e Crocidosema aporema (Walsingham) na soja MON 87701 × MON 89788 foi detectado durante a safra 2020/21, e estudos confirmaram uma alteração de base genética em sua suscetibilidade ao Cry1Ac. A soja MON 87701 × MON 89788 permanece eficaz contra Anticarsia gemmatalis (Hübner), C. includens, Chloridea virescents (Fabricius) e Helicoverpa armigera (Hübner) no Brasil. No entanto, há evidências de resistência desenvolvida em campo à soja MON 87701 × MON 89788 pelas pragas secundárias da soja R. nu e C. aporema. ACESSE O ARTIGO  Agosto de 2021Artigo: Large-scale assessment of lepidopteran soybean pests and efficacy of Cry1Ac soybean in Brazil Horikoshi, R.J., Dourado, P.M., Berger, G.U. et al. Large-scale assessment of lepidopteran soybean pests and efficacy of Cry1Ac soybean in Brazil. Sci Rep 11, 15956 (2021). https://doi.org/10.1038/s41598-021-95483-9  A tecnologia de soja MON 87701 × MON 89788, expressando Cry1Ac e conferindo tolerância ao glifosato, vem sendo amplamente adotada no Brasil desde 2013. Para avaliar o desempenho da soja Cry1Ac

Seminis®, uma marca Bayer

O Brasil é hoje um dos maiores produtores de alimentos do mundo, sendo responsável pela exportação de diversos produtos. De acordo com a Associação Brasileira de Consultoria e Assessoria em Comércio Exterior (Abracomex), na pandemia, o país foi o único do G20 (grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo) a ter um crescimento no número de exportações no primeiro quadrimestre de 2020, época do início da pandemia de Covid-19. Isso mostra o potencial do Brasil e a relevância e segurança alimentar do agronegócio local. Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), estima-se que o mundo terá cerca de 10 bilhões de habitantes em 2050 e a produção de alimentos deverá aumentar em 70%. No entanto, como alimentar tantas pessoas em uma área cada vez menor, e com menor uso de recursos naturais? Com investimento em inovação! A tecnologia contribui para uma produção mais farta, saudável e variada. A Seminis® – segmento de hortifrúti da Bayer – investe em melhoramento convencional de sementes para que o resultado seja de um produto com mais qualidade, durabilidade, sabor, cor e teor nutricional. O mercado está cada vez mais exigente e em busca de melhor produtividade e proteção contra pragas, além de produtos mais duráveis. Neste contexto, a Seminis® leva uma solução de ponta ao agricultor. O melhoramento genético convencional – que adapta as características de frutas e hortaliças por meio de cruzamento de espécies selecionadas para atender às exigências de agricultores e consumidores – é hoje uma tecnologia imprescindível ao setor de alimentos. O tomate é um exemplo de cultura presente no portifólio de Seminis®, abrangendo diversas variedades para o desenvolvimento da tomaticultura no país. O Brasil é hoje um dos maiores produtores de tomate. Esse vegetal é um pilar da agricultura em regiões como a Sudeste e o Centro-Oeste, especialmente no estado de Goiás. E o seu plantio requer sempre cuidados especiais com relação a manejo, para garantir uma maior produtividade e evitar problemas com pragas. Por isso, a escolha da cultivar, bem como a forma de cultivo, desde campo aberto até em estufas fechadas (cultivo protegido), são decisões chave para uma boa colheita” Daniela Augustinho.

Nossos especialistas – Marcio Adoryan

Vejo um futuro cheio de oportunidades em nossa área, trazendo inovação e soluções que vão garantir a sustentabilidade do agronegócio e a segurança alimentar das gerações futuras.” Marcio Adoryan, Engenheiro Agrônomo Como você se interessou pela ciência? Desde muito jovem eu sempre me interessei por ciência, inovação e tecnologia. Acredito que as feiras de ciências durante os meus primeiros anos na escola contribuíram muito para despertar esse meu interesse e fazer com que eu me dedicasse a pesquisa ao longo dos últimos 25 anos. Como foi sua carreira na Bayer? Iniciei minha carreira como estagiário em julho de 1996. Naquela época, auxiliava toda a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, incluindo ensaios de resíduos. No ano seguinte fui contratado e comecei atuar especificamente na pesquisa de novos herbicidas, onde permaneci por 15 anos. Após essa fase mudei para Monheim trabalhando no desenvolvimento de Inseticidas. Em 2015 voltei para o Brasil e passei a liderar o time de Early development and Resistance Management. Desde 2019, lidero a área de Agronomic Solutions, responsável por todo o processo de pesquisa e desenvolvimento de novos compostos e soluções agronômicas. Você pode nos falar sobre algumas publicações científicas de seu trabalho ou de seus colegas? Temos vários trabalhos científicos relevantes na área de manejo de resistência para garantir a eficiência dos nossos produtos ao longo do tempo e garantir que os nossos agricultores continuem a ter as ferramentas necessárias e possam produzir de forma sustentável. Seguem alguns exemplos: Fevereiro de 2022 Artigo: Bemisia tabaci MEAM1 ainda é a espécie dominante em cultivos a céu aberto no Brasil Fernandes DS, Okuma D, Pantoja-Gomez LM, Cuenca A, Corrêa AS. Bemisia tabaci MEAM1 still remains the dominant species in open field crops in Brazil. Braz J Biol. 2022 Feb 23;84:e256949. doi: 10.1590/1519-6984.256949. PMID: 35239823. Entre as espécies de Bemisia tabaci, as espécies invasoras MEAM1 e MED são pragas agrícolas chave para muitas culturas. No Brasil, a maior parte dos surtos populacionais de B. tabaci foi associada ao MEAM1, que, desde a década de 1990, rapidamente se espalhou por todo o país. Mais tarde, em 2014, foi identificado o MED no Brasil, inicialmente mais restrito a estufas, mas de repente chegando a novas áreas nas regiões abertas Sul e Sudeste. O objetivo deste trabalho foi investigar a distribuição geográfica de MEAM1 e MED em lavouras a céu aberto no Brasil. MEAM1 ainda é a espécie predominante em cultivos a céu aberto, como soja, algodão e tomate. O monitoramento contínuo de espécies de B. tabaci é crucial porque alterações na paisagem, mudanças climáticas e métodos de manejo de pragas podem alterar a distribuição e dominância de espécies de B. tabaci nas áreas de cultivo brasileiras. ACESSE O ARTIGO Março de 2022 Artigo: Mutação Trp2027Cys evolui em Digitaria insularis com resistência cruzada a inibidores de ACCase Hudson K. Takano, Marcel S.C. Melo, Ramiro F.L. Ovejero, Philip H. Westra, Todd A. Gaines, Franck E. Dayan, Trp2027Cys mutation evolves in Digitaria insularis with cross-resistance to ACCase inhibitors, Pesticide Biochemistry and Physiology, Volume 164, 2020, Pages 1-6, ISSN 0048-3575, https://doi.org/10.1016/j.pestbp.2019.12.011 O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma das plantas daninhas mais problemáticas da América do Sul porque a resistência ao glifosato é generalizada na maioria das regiões de produção agrícola. Herbicidas inibidores da acetil coenzima A carboxilase (ACCase) têm sido usados intensivamente para manejar D. insularis, o que aumentou substancialmente a pressão de seleção para esta classe de herbicidas. Confirmamos a resistência aos herbicidas ACCase em uma população de D. insularis do Brasil e caracterizamos sua base molecular. Um método de genotipagem de polimorfismo de nucleotídeo único baseado em qPCR foi validado para discriminar alelos suscetíveis (Trp2027 de tipo selvagem) e resistentes (Cys2027 mutante). Todas as plantas resistentes eram homozigotas para a mutação e o ensaio pode ser usado para detecção precoce de resistência em amostras de campo de D. insularis com suspeita de resistência a inibidores de ACCase. ACESSE O ARTIGO

Ciência bem feita: o que aprendi no ensino médio

Artigo escrito por John Swarthout, Scientific Outreach and Issues Management Lead. Todos nós temos momentos decisivos em nossas vidas em que percebemos o que queremos fazer ou nos tornar. Para mim, esse momento aconteceu na aula de Biologia da Miss Pope, onde eu me vi entusiasmado com a ciência. Somos humanos, somos movidos pela nossa curiosidade e desejo em descobrir como as coisas funcionam. O método científico nos ajuda a compreender nossas dúvidas e esse foi um dos tópicos que conversamos naquele semestre. Esse é um processo que inclui fazer perguntas (hipóteses), realizar experimentos para testar essas perguntas, gerar dados e interpretar os resultados. Além disso, a revisão por pares (peer review) é essencial, pois ela garante que os artigos publicados em revistas científicas façam perguntas científicas significativas e cheguem a conclusões apropriadas com base em experimentação bem executada. Essencialmente, a revisão por pares atua como um passo de controle para evitar que a ciência de baixa qualidade (ciência mal feita) chegue à comunidade científica e, finalmente, ao público em geral. É uma parte crítica do processo científico, pois o conhecimento científico é cumulativo e se baseia em si mesmo. Isso significa que novas informações passam a fazer parte do banco de dados científico para serem divulgadas por meio de citações subsequentes. A revisão por pares diminui a probabilidade de que informações incorretas sejam registradas como fontes científicas confiáveis. Portanto, se todas as etapas do método científico forem seguidas e houver uma revisão por pares adequada, poderemos ter uma certa confiança de que a ciência foi bem feita. Em um mundo onde as publicações são rapidamente amplificadas pela mídia social, é mais crítico do que nunca que a ciência seja bem feita antes da publicação. John Swarthout, Scientific Outreach and Issues Management Lead Para manter a credibilidade de cientistas e garantir a precisão e a reprodutibilidade de nossos dados/relatórios, a Bayer possui uma camada adicional de revisão científica. Todo artigo científico que escrevemos passa por uma extensa revisão por pares interna seguida por uma revisão por pares externa na revista à qual foi submetido antes da publicação. Da mesma forma, também revisamos publicações externas sobre nossos produtos e tecnologias. Na verdade, seria negligente da nossa parte se não revisássemos a literatura. Há uma série de razões pelas quais fazemos isso. Uma razão é que, se houver uma nova descoberta confiável, por meio de literatura científica, por exemplo, sugerindo potenciais efeitos adversos de um de nossos produtos, somos obrigados por lei a reportá-la às agências regulatórias globais apropriadas. Além disso, nossos produtos comerciais químicos e de biotecnologia são rotineiramente revisados por autoridades globais (por exemplo, EPA (Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, do inglês, Environmental Protection Agency) e EFSA (Autoridade Europeia para Segurança Alimentar, do inglês, European Food Safety Authorit)). Como parte de sua revisão, os reguladores examinam minuciosamente todos os artigos científicos recentemente publicados relacionados aos nossos produtos. Eles baseiam sua reavaliação em todo o conjunto de dados que analisam. Por essa e outras razões, fazemos um esforço significativo para acompanhar as publicações na literatura científica. Nossa revisão de publicações externas não visa encontrar falhas, embora possam ser identificadas por nossos especialistas no assunto. Pelo contrário, o objetivo é avançar nossa própria compreensão da ciência relativa aos nossos produtos. Às vezes, um estudo apresenta uma nova descoberta ou aborda uma questão interessante que possibilita novos projetos de pesquisa de outros cientistas para responder a essa pergunta. Este é outro componente do método científico: validação de uma descoberta científica por outros cientistas, reproduzindo o estudo. Somente através da colaboração se pode chegar a um consenso científico. Isso é ciência bem feita! John Swarthout, Scientific Outreach and Issues Management Lead Por exemplo, foi publicado um estudo que sugeria uma regulação “cross- kingdom”: um micro RNAi de planta1 (um sistema de regulação de genes) regulando a expressão de genes em mamíferos. Esse artigo recebeu muita atenção no mundo científico, bem como na imprensa. Imagine, um sistema de regulação de genes de planta capaz de direcionar como nossos genes são expressos simplesmente por nos alimentarmos dela. Isso seria incrível, se fosse verdade. 1 Zhang L, Hou D, Chen X, Li D, Zhu L, et al. (2012) Exogenous plant MIR168a specifically targets mammalian LDLRAP1: evidence of cross-kingdom regulation by microRNA. Cell Res 22: 107-126. O estudo descobriu que os camundongos alimentados com uma dieta baseada em arroz apresentaram uma redução de lipoproteínas de baixa densidade (LDL, do inglês, low-density lipoproteins), o tipo “ruim” de colesterol, e isso foi atribuído a um micro RNAi de planta. Esta foi uma descoberta nova e desconcertante, na medida em que era completamente contrária à ciência estabelecida há muito tempo, levantando uma possível preocupação com a segurança alimentar. Cientistas da Bayer e cientistas externos colaboraram para reproduzir o estudo acrescentando um grupo de tratamento adicional: uma dieta de arroz com adição de proteína. Quando uma dieta só de arroz foi fornecida aos ratos, uma resposta semelhante foi observada (redução de LDL). No entanto, no grupo de tratamento adicional (dieta de arroz com adição de proteína), o efeito do LDL desapareceu. Esta foi uma descoberta muito importante porque o estudo demonstrou que o efeito do LDL foi o resultado de uma dieta desequilibrada (pobre em proteínas) e não devido a uma regulação genética mediada por plantas. Se fosse um evento de regulação genética, a proteína adicional não teria afetado os resultados. Desde então, os cientistas da Bayer são autores ou coautores de seis estudos de acompanhamento que foram publicados como resultado do artigo original 1 2 3 4 5 6. Pesquisas como essa são caras. No entanto, acompanhar o trabalho de outros cientistas faz parte do método científico, além de ser essencial para entender nossos produtos. De tempos em tempos, nossos cientistas fornecerão nossa perspectiva em relação a questões complexas relacionadas à agricultura, bem como nossa opinião sobre novos estudos científicos que podem ter chamado sua atenção nas mídias sociais ou mesmo nas notícias. Essa avaliação objetiva é muito importante para nós e deve ser para você também. Essa revisão

A qualidade dos dados garante a segurança dos nossos produtos

Produtos regulamentados, como defensivos agrícolas, passam por uma avaliação de risco antes de serem comercializados. Os resultados dessa avaliação determinam se o produto pode ser comercializado, com que finalidade e em que condições. Para tomar boas decisões de gestão de risco, é necessário recorrer à opinião de especialistas, avaliar todos os dados relevantes disponíveis e, acima de tudo, ter dados altamente confiáveis, validados e reprodutíveis. Essa necessidade se reflete em regras rígidas, ditadas por autoridades regulatórias internacionais, que a indústria deve seguir para provar que seus produtos são seguros. Os dois principais protocolos de gestão da qualidade de dados que devem ser seguidos são as Boas Práticas de Laboratório (BPL) e as Diretrizes da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para a avaliação de substâncias químicas, englobando os “Agrotóxicos, seus componentes e afins”. O Brasil não é membro da OCDE, mas adere à Aceitação Mútua de Dados (do inglês, Mutual Acceptance of Data – MAD), através da Cgcre do Inmetro. Desse modo, os testes realizados com produtos no escopo da adesão (Agrotóxicos e Produtos Químicos Industriais), conduzidos em instalações de testes brasileiras reconhecidas em conformidade aos Princípios das BPL pelo Inmetro, deverão ser aceitos pelos países membros e não-membros da OCDE que tenham adesão plena aos atos para aceitação mútua de dados BPL. Isso evita a duplicação de testes e os custos associados a eles, tanto para os governos quanto para as indústrias. Também previnem o surgimento de barreiras não tarifárias ao comércio entre países. As BPL são um sistema de qualidade aplicado a estudos não clínicos de segurança ambiental e de saúde, sendo um meio de verificar como os estudos são planejados, desenvolvidos, monitorados, registrados, arquivados e relatados, garantindo que os dados obtidos sejam um reflexo verdadeiro dos resultados. São princípios legalmente exigidos pelos órgãos regulamentadores com objetivo de obter dados de qualidade, garantindo sua integridade, transparência, rastreabilidade e reprodutibilidade, para a tomada de decisões regulatórias baseadas em evidências científicas. Um estudo BPL deve seguir um Plano de Estudo previamente estabelecido, com objetivos e desenho experimental claramente definidos, bem como os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) para atividades não detalhadas no Plano de Estudo. Os estudos BPL são exaustivamente monitorados, tanto pela Garantia da Qualidade, como pelos órgãos e entidades fiscalizadoras, para verificação da conformidade com os Princípios BPL. Todas as alterações ao Plano de Estudo devem ser registradas e justificadas, sendo as não planejadas (desvios) acompanhadas de uma avaliação de impacto. Os dados devem ser registrados prontamente, exatamente e em conformidade com os Princípios BPL, sendo legíveis, permanentes, reproduzíveis e arquiváveis. No caso de correção (devido, por exemplo, a um erro de anotação), o dado original deve permanecer legível, a alteração deve ser anotada juntamente com um motivo que a justifique e a pessoa que corrigiu deve assinar e datar a correção.  Além disso, em nenhuma circunstância os dados de um estudo de segurança podem ser omitidos, mesmo que os dados tenham sido cancelados ou não utilizados no estudo, ou façam parte de um estudo inconclusivo. Os registros e materiais do estudo devem ser arquivados, de forma segura, durante o período especificado pelas autoridades apropriadas. Graças a esse Sistema de Qualidade, tanto os produtos Bayer quanto centenas de outros do setor passam por rigorosos controles de segurança baseados em métodos científicos rigorosos e com a mais alta qualidade de dados. Convidamos você a saber mais sobre as Boas Práticas de Laboratório acessando esses infográficos A jornada rumo às Boas Práticas de Laboratório (BPL) Os Princípios das Boas Práticas de Laboratório (BPL) Quem é responsável pelos estudos BPL? Como um estudo BPL é conduzido? Garantindo dados confiáveis e de qualidade Boas Práticas de Documentação em estudos BPL

O Prêmio Mentes da Inovação irá impulsionar a ciência no Brasil

A Bayer, multinacional alemã líder nos setores de saúde e agricultura, comemorou 125 anos de sua operação no Brasil em 2021. E mais do que celebrar este marco, a companhia lançou o Prêmio Mentes da Inovação para deixar um legado, valorizando e impulsionando a ciência aplicada no Brasil, reconhecendo projetos desenvolvidos por universitários e acadêmicos de graduação a pós-doutorado. As inscrições se encerraram no dia 15 de outubro. Ao todo, 120 projetos de pesquisa foram submetidos, dos quais 12 foram reconhecidos. Os grandes premiados foram anunciados no Dia Mundial da Ciência (24 de novembro), em um evento ao vivo transmitido pelo canal da Bayer no YouTube, o Bayer Life 2021. Confira os grandes premiados e veja os depoimentos dos ganhadores da categoria Agricultura. “A Bayer é uma empresa de Ciência e Inovação, por isso nós escolhemos fazer parte da solução dessas questões tão fundamentais para o futuro da nossa humanidade, questões essas, aliás, que estão diretamente conectadas ao coração do nosso negócio: Saúde e Alimentação. Nós acreditamos sim e estamos engajados na construção de um futuro mais sustentável, com inovação e colaboração, com mais inclusão e diversidade.” Comenta Malu Nachreiner, Presidente da divisão Crop Science no Brasil e do Grupo Bayer, também no Brasil, durante o evento Bayer Life 2021. “E foi com objetivo de valorizar e investir nessa área tão importante para o nosso país que nós criamos o Prêmio Mentes da Inovação.”, completa Malu. “E a Bayer não está sozinha nessa iniciativa, temos ao nosso lado parceiros valorosos que também acreditam no poder da ciência e da colaboração: a Fiocruz, a Embrapa, o pacto Global, a Anpei e a Câmara de comércio Brasil-Alemanha.” Todos os trabalhos inscritos podem ser acelerados O Prêmio Mentes da Inovação reconheceu e homenageou os 12 projetos finalistas, fazendo uma menção honrosa a todos eles e agradecendo aos finalistas, às instituições de ensino e aos professores orientadores dos projetos. Além disso, os finalistas também receberam o certificado de participação no Prêmio. Já os 6 grandes vencedores (três de cada categoria), receberam R$ 30 mil para serem investidos em atividades que estejam relacionadas ao desenvolvimento científico de seus projetos, como novos ciclos da pesquisa, despesas com viagem para fins científicos e participação de congressos ou cursos. “Inovação é um dos três pilares estratégicos da Bayer no Brasil e acreditamos nela como um motor de desenvolvimento social. Com o Prêmio Mentes da Inovação buscamos não só reconhecer trabalhos inovadores da nossa comunidade científica como também investir no aprimoramento destes projetos”, comenta Caspar Van Rjinbach, Líder de Tecnologia da Informação e Transformação Digital da Bayer Brasil e profissional à frente das operações do LifeHub SP. Todos os inscritos no prêmio –finalistas ou não– podem ser convidados pela Bayer a participar do processo de aceleração e incubação no LifeHub São Paulo. Os responsáveis por estas soluções inovadoras poderão contar com mentorias, network, conexão com outros hubs de inovação do Brasil e do mundo, conexão com especialistas do mercado e ferramentas de gestão para acompanhamento dos seus trabalhos. A incubação envolve investimentos de até R$ 500 mil.

Plantas de Pesquisa e Desenvolvimento (P﹠D) na América Latina

Investimos em P﹠D para continuar moldando a Agricultura e atender às crescentes necessidades dos agricultores, dos consumidores e do planeta O compromisso da Bayer de alimentar o mundo sem esgotar o planeta é demonstrado pelo seu investimento anual de 2 bilhões de euros em Pesquisa e Desenvolvimento (P﹠D) na divisão agrícola, resultando em produtos que beneficiam produtores, consumidores e o planeta. Desenvolvemos soluções sob medida para os desafios enfrentados pelos agricultores através de programas de melhoramento, introdução e teste de novas variedades e híbridos derivados de biotecnologia, estudo de campo de produtos de proteção de cultivos e práticas agrícolas, bem como o uso da ciência de dados.  No entanto, para garantir os melhores resultados na utilização das soluções agrícolas que temos, é necessário levar em consideração as características de cada zona produtiva (pragas, clima, necessidades particulares). Por isso, muitas unidades da Bayer na América Latina se dedicam a P﹠D, onde novos dados oriundos de estudos variados são gerados para cada região e para o mundo. Confira a seguir algumas das unidades da Bayer Crop Science dedicadas a P﹠D. Argentina Na Argentina, a Bayer Crop Science possui sete unidades dedicadas à produção de produtos químicos, produtos biológicos, pesquisa e processamento de sementes. A Estação Experimental Zarate I concentra a produção de duas linhas de suspensões concentradas não herbicidas, uma linha de suspensões de concentrados herbicidas e uma linha de concentrados emulsificáveis. Sua produção é comercializada tanto na Argentina quanto exportada para países como Brasil, Paraguai, Bolívia e Uruguai. A Estação Experimental Zarate II é a mais importante estação de produção de herbicidas do país, preparando e embalando os seus produtos de acordo com os mais elevados padrões de qualidade. Sua produção é comercializada tanto na Argentina como em países vizinhos, Europa e Ásia. A Estação Experimental Las Heras é especializada na produção e pesquisa de produtos biológicos. Possui oito linhas de produção e embalagem onde são gerados seus principais produtos inoculantes de substratos líquido e sólido. A Estação Experimental María Eugenia, localizada na cidade de Rojas, Província de Buenos Aires, é reconhecida mundialmente por sua capacidade operacional, sendo um modelo de usina de beneficiamento de sementes de milho com capacidade de produção de até 3,6 milhões de sacas por safra. A produção a campo de híbridos de milho que abastecem essa estação se estende por todo o país. A Estação Experimental de Fontezuela é o local de P﹠D de produtos e soluções que a Bayer oferece aos agricultores. Nela são desenhados e selecionados novos híbridos de variedades de milho e soja, por meio de melhoramento genético (breeding). Além disso, são realizadas avaliações de eficácia e segurança tanto para novos produtos biotecnológicos quanto para defensivos agrícolas, bem como são realizados os testes regulatórios necessários para sua aprovação comercial. Ela conta ainda com uma equipe que oferece suporte técnico e soluções agronômicas aos clientes, tanto na Estação quanto em um Centro de Treinamento localizado nas proximidades.  As Estações Experimentais Rio IV e Tucumán apoiam principalmente a equipe de melhoramento (breeding) nas atividades de melhoramento de híbridos de milho e variedades de soja, atuando nas regiões centro e norte do país, respectivamente. Brasil A Bayer possui várias unidades dedicadas à produção e pesquisa no Brasil. O laboratório de biotecnologia de Genômica de Precisão, Precision Genomics (PG), é um exemplo em Petrolina/PE que apoia os programas de melhoramento genético (breeding). A unidade tem alta capacidade de amostragem de sementes devido à utilização de equipamentos desenvolvidos internamente, chamados chippers, que permitem colher amostras para caracterização de genoma sem causar danos ao embrião. Esse processo garante que as melhores sementes sejam plantadas a cada ano. A Estação Experimental de Luís Eduardo Magalhães/BA realiza testes regulatórios para homologação de novas tecnologias, além de colaborar com atividades de melhoramento (breeding). A Estação de Pesquisa de Morrinhos/GO realiza estudos voltados ao desenvolvimento de biotecnologia para lavouras de soja, milho, sorgo e algodão. A unidade é responsável pelo lançamento de variedades de soja.  Na Estação de Uberlândia/MG, são desenvolvidos híbridos de milho e variedades de soja, além da condução de ensaios regulatórios para desenvolvimento de produtos de proteção de cultivos e desenvolvimento de introgressão de traits. Em Carandaí/MG é feito o desenvolvimento de novas culturas com melhoria na característica de proteção contra doenças que costumam atingir as plantações de cenoura, tomate, couve-flor, pimenta, milho doce e abobrinha, entre outras hortaliças. Na planta de produção de sementes de Cachoeira Dourada/MG, produz-se sementes de milho e sorgo, além de haver atendimento às demandas das áreas de soja e algodão e desenvolvimento de estudos regulatórios para aprovação de novos eventos de biotecnologia e produtos de proteção de cultivos. Ela possui os certificados Terra Corporativa para Aprendizagem e Vida Selvagem no Trabalho, como resultado de projetos de formação de reservas florestais, repovoamento de espécies nativas, limpeza e conservação do Rio Paranaíba. No Centro de investigação de Campo Novo do Parecis/MT são realizadas avaliações dos programas de melhoramento (breeding). O centro realiza a avaliação de 15 mil parcelas de soja e 25 mil parcelas de milho por ano, distribuídas em 17 localidades. São mais de 370 mil dados para uso nas avaliações.  Na Estação Experimental de Sorriso/MT são desenvolvidos híbridos de milho e variedades de soja, além da condução de ensaios regulatórios para aprovação de produtos derivados de biotecnologia e desenvolvimento de produtos de proteção de cultivos.  Na fábrica de Cambé/PR, a Bayer pesquisa, desenvolve e produz produtos biológicos para o cultivo da soja, com o objetivo de ajudar os produtores rurais a aumentar sua produtividade. A planta é referência na produção de inoculantes.  O Centro de Pesquisa e Inovação de Paulínia/SP realiza estudos nas principais culturas agrícolas, como soja, milho, cana-de-açúcar, algodão, frutas cítricas e trigo, durante todo o ano. O Centro atua no desenvolvimento agronômico para proteção de cultivos, segurança de produtos, sementes e tecnologias, tratamento de sementes e saúde ambiental. O site de Santa Cruz das Palmeiras/SP é crucial na área de P﹠D para a divisão Crop Science, pois suporta o desenvolvimento de novos produtos de biotecnologia para as culturas de milho, soja e algodão, bem como o desenvolvimento

Rolar para o topo